Assunção de Maria

Podemos dizer que a história da humanidade descrita na Sagrada Escritura teve um começo muito ruim. Deus criou o homem para a eternidade, para a vida e para a incorruptibilidade. O homem e a mulher deveriam participar da própria glória de Deus. Eles não deveriam ter conhecido a morte. Mas eis que, por meio do pecado de Adão, eles conheceram a morte, a destruição e a corrupção. Mal começou, e o projeto de Deus já parece ter falhado. Será que o plano de Deus para Adão e para todo ser humano era então grandioso demais?

Um Tesouro Escondido

O Reino de Deus! O que isso quer dizer? Nos últimos domingos Jesus tem nos convidado a refletir sobre isso comparando-o a uma semente que só produz frutos abundantes se for acolhida em uma boa terra. O Reino de Deus é o trigo bom que é confrontado com o joio. O Reino de Deus não triunfa por meio da violência, mas sim por meio de uma discreta força interior como a do fermento dentro da massa. E hoje Jesus nos diz que o Reino é esse Tesouro, essa pérola preciosa pela qual tudo é sacrificado.

Descansemos um pouco!

Imaginemos um pai que pela primeira vez segura seu filho em seus braços. A criança adormece nos braços de seu pai. E o pai esquece todas as preocupações daquele dia. Ele não se lembra mais do peso da fadiga que curvava seus ombros. A criança adormece nos braços de seu pai e o coração do pai fica maravilhado. O abandono de seu pequenino em seus braços, essa confiança da criança que se lhe entrega inteiramente, comove profundamente o pai. Este pequenino sem resistência, sem defesa, toca-o no mais íntimo de seu coração. Aquela criança desperta, nas profundezas de seu pai, uma ternura inexprimível. Diante de seu pequenino, o coração do pai exulta e vibra de alegria.

Et ne nos Inducas in Tentationem…

Ele não tem pecado! O Verbo feito carne, o Filho de Davi, o Santo de Deus não pode pecar! Jesus de Nazaré é santo, da santidade do próprio Deus. Tudo o que ele é e tudo o que faz é santo. Da parte do pecado nada pode atingi-lo. Ele não pode querer o pecado, embora possa padecer sob o pecado de outros, mas também pode tirar o pecado como um cordeiro imaculado. Mesmo assim, diz-nos o Evangelho, Ele foi tentado como nós e por nós, para nossa instrução e nossa libertação. Mas, o que significa “tentação”, na vida de Jesus e nas nossas vidas? Este é um dos mistérios que a liturgia de hoje pode nos revelar.